PORQUE PARTICIPAR
Esta conferência reunirá os líderes mundiais envolvidos no setor da pesca de atum com salto e vara e linha de mão para partilhar as melhores práticas, discutir soluções, avaliar a dinâmica social e económica das pescarias individuais e explorar formas de colaboração para o desenvolvimento do setor. Esta será o primeiro encontro mundial entre todos os intervenientes deste setor de atividade, nomeadamente pescadores, comerciantes, governantes, investigadores e ONGs, com o objetivo de estreitar relações preparando o setor - para as crescentes exigências de mercado.
ENQUADRAMENTO
As várias espécies de atum são migradoras e assumem um papel fundamental nos ecossistemas costeiros e oceânicos sendo reconhecidas como fonte de alimento e de sustento para comunidades pesqueiras ao redor do globo. Muitas delas capturam o atum através da arte de salto e vara (onde se pode incluir também o corrico e a linha de mão) que é uma arte tradicional utilizada há vários séculos, reconhecida pela sua sustentabilidade e selectividade.
Há cinquenta anos atrás, a maior parte do atum comercializado por todo o mundo era capturado com técnicas de pesca de baixo impacto, contudo o desenvolvimento das técnicas e da capacidade de pesca levou a que a exploração desta espécie migradora passasse a ser feita a níveis industriais. Atualmente, a maior parte do atum comercializado ao nível mundial é capturado com redes de cerco e por grandes embarcações palangreiras. Embora estes métodos sejam mais eficazes ao nível da quantidade capturada, os benefícios sociais e ambientais são grandemente diminuídos.
Contudo, algumas pescarias de salto e vara persistem e estão na vanguarda do movimento sustentável do consumo de pescado. Desde a década de 50s que os Açores pescam atum com salto e vara. Estas pescarias fazem atualmente parte integrante da economia local, tornando-se por isso num local perfeito para a realização da primeira conferência internacional de salto e vara do mundo.